quinta-feira, dezembro 21, 2006

Mentiras de fim de ano

No jornalismo político

Na verdade, queria apenas citar o último fato a se tornar um "must" nas rodinhas de jornalistas e aspirantes (que sempre me lembra a palavra aspirina, em uma divagação off topic): a carta-bomba de Rodrigo Vianna, sobre a cobertura das eleições desse ano.
Não vou colar a epístola (rebuscamento desnecessário) aqui. Apenas tecerei alguns comentários sobre o fato.
1 - não é segredo para ninguém que todo veículo de comunicação manipula, seja de forma incisiva ou não, o que publica. Existe a famosa "linha editorial" e ela por si só já dita algumas regrinhas;
2 - a Globo é uma empresa e, como tal, age de acordo com seus interesses. E, na maioria das vezes, ao agir sob seus interesses eles acabam fugindo do princípio de que o Jornalismo deveria ser um serviço a sociedade;
3 - na utopia de quem já se demitiu 3 vezes em 5 anos de profissão, seria mais interessante que o colega Vianna tivesse entregado essa carta enquanto estava empregado. Pena que no Brasil de hoje ninguém faria isso ao ter um emprego na empresa líder do seu setor. Ideologia, que me desculpe o Cazuza, é algo do passado. O que é uma pena;
4 - ao fazer as coisas dessa forma, Vianna deu a munição que os caciques globais queriam para o seu argumento: "ah ele escreveu isso porque sabia que ia ser demitido".
Queria eu que Vianna tivesse divulgado tal carta no furor das eleições. Mas eu costumo querer demais. Mesmo assim, mesmo sem nenhuma estratégia, parabéns ao colega. Pela coragem de tomar uma atitude que provavelmente fará com que seus pés nunca mais pisem na Globo.
No esporte
Hoje, conforme é citado no Blog do Juca Kfouri - um ótimo jornalista que eu, na minha posição de recém-formado me coloco no direito de discordar de algumas opiniões -, foi aprovada na Câmara dos Vereadores de São Paulo uma lei proposta para impedir que jogos de futebol comecem após as 21 horas. Uma conquista para os freqüentadores de estádio - grupo do qual eu gostaria de participar. Essa medida vai de encontro à insistência da Globo de ditar o horário das partidas. Lembremos que quase sempre elas têm início após a novela das 8, por volta das 21:45 e, em alguns casos, às 22:00.
Não vou colocar nenhuma conclusão. Apenas fazer duas perguntas:
1 - no caso da carta, alguém tem dúvida que será esquecida em questão de dias, sendo relegada aos debates de sites como o Comunique-se?
2 - no caso do horário esportivo, alguém duvida que continuaremos assistindo (no sofá ou na arquibancada) a jogos após as 21:00?
Se alguma dessas opções acontecer, comemorem. Nem tudo está perdido.

terça-feira, dezembro 19, 2006

Ode(o) ao verão...

Não necessariamente ao verão em si. Mas sim ao verão em São Paulo, com sua infinidade de concreto e asfalto, além das maravilhas da arquitetura tropical paulistana: os prédios de vidro.
Chiques, assim como achamos toda tendência vinda do Velho Continente, esses despropósitos ajudam a criar um clima, hum, como vou dizer, saariano em diversas locações paulistanas. Coloco em um lugar de honra nesse ranking a Avenida Paulista, que em dias quentes como hoje vira um verdadeiro forno. Se você for a um McDonald's dessa região comprar um sorvete, tenha certeza que você o consuma dentro das dependências dessa instituição capitalista. Caso contrário, correrá o risco de ver seu quitute desaparecer nos primeiros metros de caminhada.
Exageros à parte, eu classificaria o calor hoje como "cancerígeno nível 4", numa escala que vai até 5. Ou seja, branquinhas e branquelos, passem na farmácia mais próxima e comprem aquele protetor solar fator 30 mil.

Em 2006...

... esse blog primou pela eficiência e pela periodicidade. Posts esporádicos, teias de aranha e tudo mais que vocês possam imaginar. Não foi um ano modelo, eu confesso, mas pelo menos deu pra escrever um pouco. Espero que em 2007 eu tenha mais tempo. Aliás, são esses meus votos para todos que freqüentam esse espaço parcial e arbitrário:

QUE EM 2007, TODOS NÓS TENHAMOS MAIS TEMPO