terça-feira, outubro 30, 2007
Mil Reais
Tudo correria bem se meu celular não tivesse sido roubado. Aliás, o mais curioso: pelo menos cinco pessoas com as quais conversei também tiveram seus aparelhos roubados.
O fato serve como um bom argumento de que nem sempre o crime possui raízes sociais. Pessoas pobres, sem oportunidades etc, (alardeam por aí que esse é o estereótipo de quem está mais propenso a entrar na vida criminosa), não teriam 100 ou 200 Reais para entrar no show e fazer a limpa.
Enfim, não vou me prolongar muito. Apenas me sinto totalmente lesado por um bem meu, que foi conquistado à custa do meu trabalho, ser levado impunemente. Pelo menos não era um Rolex e pelo menos eu não sou um apresentador de TV que só aparece para falar dessas questões quando é roubado.
Mas que é de foder, isso é.
quinta-feira, outubro 25, 2007
Agora vai! (espero)
Fórmula do Campeonato Brasileiro pode mudar em 2009
Possibilidade é de turno e returno com octogonal ou quadrangular final
A fórmula do Campeonato Brasileiro pode mudar em 2009. A informação foi dada na noite desta terça-feira pelo repórter Sérgio Guimarães, da Rádio Gaúcha, após conversa com o diretor financeiro do Clube dos 13, o ex-presidente do Internacional Fernando Carvalho.
Há duas possibilidades, ambas com turno e returno: um octogonal ou um quadrangular final entre os melhores classificados. Em 2008, a fórmula deste ano, com turno e returno e o título para o melhor colocado, será mantida.
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Caso isso aconteça, só temos a comemorar o fim dos malditos pontos corridos.
sexta-feira, outubro 19, 2007
Cap. Nascimento 1 x 0 Zé Pequeno
BOPE deixa 2 mortos na Cidade de Deus
terça-feira, outubro 16, 2007
A via ambidestra
Ontem e hoje fiz um exercício que me causaria uma crise de gastrite há alguns anos. Sim, li a Veja. Ou melhor, a parte dela que me interessava, no caso, a matéria que abordava alguns aspectos do filme “Tropa de Elite”. Não vi o longa, falha que espero corrigir ainda essa semana. E, apesar de tentado, não vou comprar a versão pirata. Confesso que a porção malandra do meu ego ficaria emocionada ao cometer tal contravenção, mas ainda prefiro ver filmes no cinema. Li a longa matéria e logo me lembrei de um caso ocorrido na semana passada, quando Diogo Mainardi julgou o trabalho de Wagner Moura (quase um Jack Bauer dos trópicos) baseado nas fotos dos cartazes promocionais do filme, o que me fez ler a coluna do fanfarrão de Ipanema. Mesmo não merecendo, Mainardi receberá umas linhas logo abaixo.
Ao terminar de ler a matéria, cheguei à conclusão de que a revista Veja merece sim ser lida, mas nunca levada a sério. Caso seja possível, nem a compre: leia a de um amigo ou tire xerox para ler no banheiro. A matéria que citei poderia até ser uma exceção ao que é visto nas páginas da semanal, até cair no maniqueísmo bobo de esquerda versus direita. É simples demais perceber que a solução nunca está em nenhum desses dois extremos. A esquerda pode romantizar a bandidagem (como acusa a revista), mas a direita já foi responsável por uma das páginas mais encardidas da história desse país (como sinaliza a História). Caso ideologia fosse a solução para o Brasil, prender bandidos seria uma atitude para sociólogos, não para policiais, assim como seriam distribuídos livros para acabar com a fome dos menos favorecidos.
Sempre admirei os ambidestros. Deve ser muito legal poder fazer as coisas normalmente com a mão que você bem entender. “Hoje eu vou escovar os dentes com a mão esquerda e escrever com a direita”, eu pensaria em um momento de deslumbramento com minhas habilidades quase sobre-humanas de ambidestro que não sou. Talvez a solução para o Brasil esteja aí, sem maniqueísmos tolos e sem brigas ideológicas. Ideologia é um negócio bom, mas que não deveria sair da mesa de bar.
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Sobre Diogo Mainardi, alguns comentários. Não gosto nele e admiro sua capacidade de fazer eu gostar cada vez menos. Talvez por isso eu ache interessante ler as baboseiras que ele escreve na sua coluninha semanal, apesar de não fazer isso há saudáveis dois anos. Não gosto dele, mas hoje ele não me irrita mais. Talvez porque deixei de fazer algo que, ao que me parece, ele nunca fez: levá-lo a sério.
A indignação do sujeito chega a ser engraçada, dada a virulência com quem profere suas palavras, dignas de um discurso inflamado visto em manifestações xiitas no Oriente Médio. Por favor, contudo, não o levem a sério. E não sou daqueles que acham que só porque um cara é montado na grana ele não tem o direito de reclamar de nada. Tem sim e deve, principalmente porque sua condição social fará com que ele seja mais ouvido. O que não dá pra agüentar é um monte de cidadãos abastados criando movimentos tolos como o “Cansei”. O que esses “cansados” fazem pelo bem da sociedade? Atiram ovos em pessoas nas ruas?
Ainda na onda dos reclamões, temos o Luciano Huck. O narigudo estava em seu pleno direito de reclamar. Foi assaltado (ok, algo até certo ponto comum) e resolveu gastar uns minutos escrevendo um texto para um jornal. Texto esse que não me soou, em nenhum momento, pedante, elitista ou qualquer dessas coisas aí que já ouvi falarem. Li até o final e, contudo, não gostei por um motivo. Precisava dizer que o relógio era um Rolex? Caso fosse um “Cazio” comprado de um chinês no Stand Center, o assaltado não teria o direito de reclamar? Porque, até onde sei, o assaltante, quando aborda para uma “ação”, não dá uma de ourives para atestar a qualidade da jóia a ser roubada, da mesma forma que bala perdida não escolhe seu alvo baseada na renda das pessoas.
domingo, outubro 07, 2007
Algumas considerações
Esse post estava programado para ir ao ar ontem. Melhor que tenha atrasado...
Há alguns meses, escrevi falando que defendia o rebaixamento do Timão, como maneira de limpar tudo que estava (e ainda está) errado. Continuo com essa posição, com uma ênfase um pouco menor, contudo.
Mesmo com a vitória contra o virtual campeão, ainda é cedo pra pensar em recuperação. Terça-feira haverá eleições, para definir quem assume a presidência do clube em um mandato tampão. Difícil que o vencedor seja pior do que o velho que mamou nas tetas do clube por tanto tempo, mas nenhum candidato inspira confiança. O momento continua delicado e é justamente isso que me faz achar que a única maneira de limpar o clube é um ano na segundona, o que, entretanto, duvido que vá acontecer.
Resta torcer para que, qualquer que seja o destino do Timão nesse final de 2007, ele seja digno da tradição do clube. Torcida para isso não faltará.